O concerto
Querido Luís,
Esta noite é diferente. É noite de espectáculo. Um Requiem se fará ouvir numa fantástica sala de concertos. Já deu a última chamada e eu começo a ficar nervosa ao verificar que o lugar à minha esquerda continua vazio. É o teu lugar, a cadeira tem uma inscrição com o número que corresponde ao do teu bilhete. O teu atraso surpreende-me. És, normalmente, um exemplo de pontualidade nestas ocasiões. Vejo ao longe uma cara conhecida a quem aceno. É a Lúcia da nossa turma. E ela traz-me notícias tuas. Pelos vistos, ficaste à minha espera lá fora, o que é estranho, uma vez que não combinámos nada. A orquestra está prestes a entrar, está na hora! Apresso-me a pegar no telemóvel para te avisar que já estou cá dentro. E pouco espero até te sentares ao meu lado.
Baixam as luzes por cima da plateia e o palco torna-se o centro de todas as atenções. Até ao intervalo, faz-se ouvir uma sinfonia que considero lindíssima. Estou quase completamente concentrada nela, apenas me distrai a tua respiração. Permanecemos sentados durante o intervalo e eu aproveito para trocar contigo algumas palavras, receptiva ao calor e ao cheiro que emana o teu corpo.
O coro começa a subir para o estrado em cima do palco, depois vêm os músicos da orquestra e, finalmente, o maestro. O Requiem é muito forte. Contém harmonias que realmente despertam no ouvinte mais atento todo o significado de uma morte. É extremamente compenetrante. Durante o Sanctus, peço-te para ver o programa e, ao passá-lo, as nossas mãos tocam-se, criando em mim a vontade de prender a tua, para não a soltar até ao fim do concerto. Mas limito-me a puxar o livrinho para o meu colo para ler o nome dos solistas.
Lá arranjaste boleia de alguém e não precisas que a minha mãe te leve a casa. É pena...!
Esta noite é diferente. É noite de espectáculo. Um Requiem se fará ouvir numa fantástica sala de concertos. Já deu a última chamada e eu começo a ficar nervosa ao verificar que o lugar à minha esquerda continua vazio. É o teu lugar, a cadeira tem uma inscrição com o número que corresponde ao do teu bilhete. O teu atraso surpreende-me. És, normalmente, um exemplo de pontualidade nestas ocasiões. Vejo ao longe uma cara conhecida a quem aceno. É a Lúcia da nossa turma. E ela traz-me notícias tuas. Pelos vistos, ficaste à minha espera lá fora, o que é estranho, uma vez que não combinámos nada. A orquestra está prestes a entrar, está na hora! Apresso-me a pegar no telemóvel para te avisar que já estou cá dentro. E pouco espero até te sentares ao meu lado.
Baixam as luzes por cima da plateia e o palco torna-se o centro de todas as atenções. Até ao intervalo, faz-se ouvir uma sinfonia que considero lindíssima. Estou quase completamente concentrada nela, apenas me distrai a tua respiração. Permanecemos sentados durante o intervalo e eu aproveito para trocar contigo algumas palavras, receptiva ao calor e ao cheiro que emana o teu corpo.
O coro começa a subir para o estrado em cima do palco, depois vêm os músicos da orquestra e, finalmente, o maestro. O Requiem é muito forte. Contém harmonias que realmente despertam no ouvinte mais atento todo o significado de uma morte. É extremamente compenetrante. Durante o Sanctus, peço-te para ver o programa e, ao passá-lo, as nossas mãos tocam-se, criando em mim a vontade de prender a tua, para não a soltar até ao fim do concerto. Mas limito-me a puxar o livrinho para o meu colo para ler o nome dos solistas.
Lá arranjaste boleia de alguém e não precisas que a minha mãe te leve a casa. É pena...!
3 Comments:
Sim :) claro que a tua vida vai ser habitada por sorrisos, tu tens a sensibilidade para olhar para o que é belo.
E a simplicidade das coisas levam-nos a sorrir mais.
Bjs e sorrisos com ternura,
Íris
O número dois é o número do equilibrio...
mas isto não é uma certeza...
é um cálculo poético...
in Gonçalo Tavares, O Senhor henri
adoro o teu blog...tenho a certeza que mais tarde ou mais cedo,isso vai dar certo e vais poder dar todo o teu amor ao luis...bjs
visitem o meu blog: http://www.4you4ever.blogspot.com
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