quarta-feira, dezembro 22, 2004

Calada

Querido Luís,

Não tens que ficar comigo no bar só porque não me apetece ir com toda a gente para o salão de jogos. Mas ficas. E isso aquece-me o espírito. A conversa vai durando, mas o assunto esgota-se e implanta-se entre nós um silêncio, apenas evitado pela música que continua a sair pela coluna situada quase por cima das nossas cabeças.

Gostaria de poder dizer-te que acordei ansiosa por te ver, gostaria de poder contar-te o deslumbramento que se apoderou de mim quando os nossos olhares se encontraram pela primeira vez neste dia que já vai longo. Gostaria de poder falar-te do meu entusiasmo por termos ido almoçar juntos, por termos passado uma boa parte da tarde juntos e por te teres deixado ficar aqui só comigo, em vez de teres ido com os outros. Gostaria de poder confessar-te que mais ninguém me faz sentir assim, que cada sorriso teu se torna a imagem mais gratificante do meu dia, que muitas vezes me apetece roubar-te um beijo e prender-te num abraço apertado.

Fico calada, como se a música de fundo estivesse a agradar algum de nós. Fico calada, por qualquer razão para a qual não há uma palavra certa. Não fico bem, nem fico mal. Fico apenas assim. Calada.

2 Comments:

At 3:18 da tarde, Anonymous Anónimo said...

adoro o teu blog...tenho a certeza que mais tarde ou mais cedo,isso vai dar certo e vais poder dar todo o teu amor ao luis...bjs

visitem o meu blog: http://www.4you4ever.blogspot.com

 
At 3:18 da tarde, Anonymous Anónimo said...

adoro o teu blog...tenho a certeza que mais tarde ou mais cedo,isso vai dar certo e vais poder dar todo o teu amor ao luis...bjs

visitem o meu blog: http://www.4you4ever.blogspot.com

 

Enviar um comentário

<< Home